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Nova Polemica: Lilith a primeira esposa de adão

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Mensagem por EVANGELISTA/RJ/MSN Dom Fev 03, 2013 4:27 pm

ontem eu estava numa festa, e conversando com um amigo meu, ele me informa que a esposa dele tinha feito umas pesquisas biblicas e arqueológicas, e descobriu que a primeira esposa de adão, nao foi eva e sim lilith

queria saber dos colegas se sabem a respeito disto, pois segundo descobri, o nome dela aparece na Cabala

em Isaías 34:14: "E as feras do deserto se encontrarão com hienas; e o sátiro clamará ao seu companheiro; e Lilith pousará ali, e achará lugar de repouso para si." Nas traduções recentes da Bíblia a palavra Lilite é substituída por demônio ou bruxa do deserto. Fantasma, na Revista e Atualizada.

abaixo postarei alguns textos a respeito do mesmo

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Mensagem por EVANGELISTA/RJ/MSN Dom Fev 03, 2013 4:28 pm



Jardim do Éden revisitado



Roque de Barros Laraia
Universidade de Brasília





RESUMO: Análise do mito de Lilith, primeira esposa de Adão, segundo a tradição judaica, que foi expurgada do texto, hoje conhecido, pela censura dos editores bíblicos que procuraram adequar o livro sagrado aos valores e padrões morais de suas épocas. O Autor mostra que esses cortes não foram suficientes para apagar totalmente a figura de Lilith da tradição oral e, muito menos, de alguns textos rabínicos. No decorrer deste mito fica claro que, ao consumir o fruto proibido, Adão adquiriu o conhecimento do bem e do mal e não apenas o da sexualidade. Mas, o mais importante é o fato que Lilith representa a primeira reação feminina ao domínio masculino.

PALAVRAS-CHAVE: Mitologia cristã, demônio feminino, livros apócrifos.





Claude Lévi-Strauss cautelosamente evitou a realização de uma análise estruturalista do Gênesis, sob a alegação de que "a mitologia do Velho Testamento foi distorcida pelas operações intelectuais dos editores bíblicos" (Leach, 1983:74), além do fato de considerar o contexto etnográfico como "quase inteiramente ausente" nos referidos textos. Esta argumentação foi refutada por Leach em seu brilhante artigo "A Legitimidade de Salomão"(Id., ibid.), no qual demonstrou a existência na Bíblia de evidências etnográficas passíveis de serem analisadas pelo método antropológico, além da consideração que a seqüência cronológica que foi estabelecida pelos "editores" tem, "por si mesma, um significado estrutural".

Concordamos com Leach sobre a disponibilidade do material bíblico para a análise antropológica e também que os antropólogos, que utilizam os mitos de outras religiões, devem abandonar o seu "melindre extraordinário com a análise do Cristianismo e do Judaísmo que são religiões nas quais eles próprios, ou seus amigos próximos, estão profundamente envolvidos." (:136). Retomamos, portanto, neste trabalho, o texto bíblico do Gênesis, buscando demonstrar que os "editores bíblicos", através do tempo, procuraram mediante uma atitude censorial uma espécie de "pasteurização"1 do discurso original, numa tentativa de adequá-lo aos valores morais e culturais de suas respectivas épocas. Contudo, os trechos que foram objetos de cortes não tiveram o seu registro totalmente apagado, continuam disponíveis em outros textos, principalmente os da religião Judaica. A legitimidade etnográfica deste material pode ser invocada, pois o Cristianismo é uma religião derivada do Judaísmo, partilhando com o mesmo o discurso mítico contido no Velho Testamento.

Ao retomarmos a análise das histórias que têm como cenário o Jardim do Éden seguimos a trilha aberta por Frazer, Freud e principalmente o próprio Leach (1970), mas, ao contrário destes autores, pretendemos utilizar os trechos que foram extirpados nas sucessivas edições do discurso mítico.

No sétimo dia da Criação, Deus criou o homem à sua imagem: "à imagem de Deus o criou: macho e fêmea os criou." (Gênesis, 1,27). Tal afirmação categórica é uma negação da versão mais difundida: a de que o homem foi criado antes da mulher. Neste ponto, existem interpretações diferentes. A primeira é a de que Adão seria um ser andrógino (macho e fêmea) e que a separação de Eva representaria a cisão da criatura original andrógina em duas (Unterman, 1992:25). A androginia de Adão é explicada em alguns textos rabínicos, como no Sepher Ha-Zohar, que contêm a afirmação de rabi Abba: "O primeiro homem era macho e fêmea ao mesmo tempo pois a escritura diz: E Elohim disse: façamos o homem à nossa imagem e semelhança (Gênesis, 1,26). É precisamente para que o homem se assemelhasse a Deus que foi criado macho e fêmea ao mesmo tempo"2.

Existe, contudo, uma outra interpretação, que nos parece mais fascinante, a de que, a exemplo do que foi feito com os animais, Deus teria criado um casal: Adão e uma mulher que antecedeu a Eva. Esta mulher primordial teria sido Lilith3, figura bastante conhecida da antiga tradição judaica. Lilith não se submeteu à dominação masculina. A sua forma de reivindicar igualdade foi a de recusar a forma de relação sexual com o homem por cima. Por isso, fugiu para o Mar Vermelho. Adão queixou-se ao Criador, que enviou três anjos em busca da noiva rebelde. Os três anjos eram Sanvi, Sansanvi e Samangelaf4. Os emissários do Senhor tentaram em vão convencer a fujona. Ameaçaram afogá-la no mar5. Lilith, porém, respondeu: "Deixem-me, não sabeis que não fui criada em vão e que é meu destino dizimar recém-nascidos; enquanto é um menino tenho poder sobre ele até o oitavo dia, se é menina, até o vigésimo. No entanto, ela jurou aos anjos, em nome do Deus vivo, de que sempre que avistasse as figuras ou apenas os nomes dos mensageiros de Deus, deixaria a criança em paz. Também aceitou o fato de que diariamente iriam perecer cem de seus próprios filhos." (Gorion, :53). Lilith foi transformada em um demônio feminino, a rainha da noite, que se tornou a noiva de Samael, o Senhor das forças do mal.

Segundo uma velha tradição, Lilith seria uma figura sedutora, de longos cabelos, que voa à noite, como uma coruja, para atacar os homens que dormem sozinhos. As poluções noturnas masculinas podem significar um ato de conúbio com a demônia, capaz de gerar filhos demônios para a mesma. As crianças recém-nascidas são as suas principais vítimas. A crença em Lilith, durante muito tempo, serviu para justificar as mortes inexplicáveis dos recém-nascidos. Uma forma de proteger as crianças contra a fúria da bela demônia é escrever na porta do quarto os nomes dos três anjos enviados pelo Senhor. Outra maneira é a de afixar no berço do recém-nascido, três fitas, cada uma delas com um nome dos três anjos. Segundo Unterman, na véspera do Shabat e da Lua Nova, quando uma criança sorri é porque Lilith está brincando com ela. Para protegê-la deve se bater três vezes de leve no nariz da criança, pronunciando uma fórmula de proteção contra Lilith6. O mesmo Autor afirma que, na Idade Média, era considerado perigoso beber água nos solstícios e equinócios, períodos estes em que o sangue menstrual de Lilith pinga nos líquidos expostos. Finalmente, uma outra tradição judaica afirma que a lendária rainha de Sabá que teria visitado Salomão nada mais era do que Lilith. O sábio rei, contudo, descobriu o ardil, ao levantar a saia da rainha e constatar que as suas pernas eram peludas.

Segundo uma lenda judaica, após a expulsão do paraíso, Adão para se mortificar ficou cento e trinta anos afastado de Eva. Uma ocasião que estava dormindo sozinho, Lilith o encontrou e deitou-se ao seu lado e dele concebeu um sem número de demônios. Os que se defrontavam com eles eram torturados e mortos (Gorion, :54).

A rebelião de Lilith contra Adão e o Criador levou à necessidade da criação de Eva, esta formada a partir de uma costela de Adão (Gênesis, 2, 21). É possível, portanto, imaginar que um corte foi realizado entre o capítulo 1, versículo 28, e o capítulo 2, versículo 21. É provável que este corte tenha ocorrido, mesmo em época bastante remota, como no quarto século antes de o Messias, quando se supõe que o texto escrito tomou uma forma aproximada da atual (Leach, 1983:77). O próprio teor do capítulo 1, versículo 28, sustenta esta hipótese: "E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra ..." Como seria possível abençoar a ambos e recomendar a multiplicação se Eva ainda não estava criada?

Roberto Sicuteri (1986:27) chama a atenção para um outro detalhe importante: após a criação de Eva, extraída da costela de Adão, este diz: "Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta será chamada varôa, porquanto do varão foi tomada" (Gênesis, 2, 23). Para Sicuteri, esta agora soa como desta vez numa inequívoca referência a uma mulher anterior.

Eva, porém, à sua maneira, repetiria o gesto de rebelião de sua antecessora. Deus tinha permitido ao homem comer todas as frutas do jardim, com apenas uma exceção: "Mas da árvore da ciência do bem e do mal, d'ela não comerás; porque no dia que d'ela comeres, certamente morrerás." (Gênesis, 2,17). É exatamente esta interdição que é rompida por Eva. A versão canônica é que a mulher assim procedeu tentada pela serpente, sob a alegação de que o consumo da fruta proibida a tornaria tão poderosa como Deus. Acreditando na pérfida serpente, Eva comeu do fruto proibido e convenceu o seu companheiro a fazer o mesmo. A punição por este ato de desobediência original foi a perda da imortalidade, a partir de então os homens tornaram-se mortais. Existem outras interpretações para esta história. Os teólogos modernos acreditam que a serpente foi a forma tomada pelo demônio para tentar Eva. Existe também a crença de que Lilith teria se transformado em serpente para tentar Eva e se vingar de Adão. Uma terceira interpretação é a que faz parte de uma tradição judaica: "a serpente bíblica era um animal astucioso, que caminhava ereto sobre as duas pernas, falava e comia os mesmos alimentos que o homem. Quando viu como os anjos prestigiavam Adão, teve ciúme dele, e a visão do primeiro casal tendo relação sexual despertou na serpente o desejo por Eva. Por instigação de Satã ou Samael, ou, segundo algumas versões, possuída por ele, a serpente persuadiu Eva a comer o fruto proibido e seduziu-a. Como castigo, suas mãos e pernas foram cortadas e ela teve de se arrastar sobre o seu ventre, todo alimento que comia sabia a pó, e tornou-se eterna inimiga do homem.(...) Quando teve relação sexual com Eva, injetou sua peçonha nela e em todos os seus descendentes. Essa peçonha só foi removida do povo de Israel quando estavam no monte Sinai e receberam o Torá." (Unterman, 1992:236).

Expulsos do paraíso, Adão e Eva tiveram, segundo a versão canônica, dois filhos: Caim e Abel (Gênesis, 4, 1 e 2). As causas do fratricídio cometido por Caim são bastante conhecidas, por isso passamos diretamente para uma outra versão: "num paroxismo de ciúme pela não aceitação de sua oferenda e por uma irmã gêmea que Abel desposara (o grifo é nosso), Caim matou seu irmão." (Unterman, 1992:54). Chamamos a atenção para um elemento novo que surge neste momento, a existência de uma irmã gêmea que fora desposada por Abel. Posteriormente, voltaremos a tratar deste assunto. No momento, interessa-nos mais a versão de que Caim, de fato, não era filho de Adão, mas da serpente que tinha seduzido Eva. E mais, quando foi banido para o leste do Éden, Deus lhe atribuiu chifres, para afugentar os animais que lhe pudessem atacar. A sua punição consistia em perambular pela terra, sem descanso, sem que ninguém o pudesse matar. Contudo, foi morto por um seu descendente, Lamech que o confundiu com um animal selvagem. A versão atual não faz menção ao "parricídio" de Lamech, mas nos dá indício que neste ponto também agiram os editores bíblicos. Vejamos o que diz os versículos 23 e 24 do capítulo 8 do Gênesis: 23. "E disse Lamech as suas mulheres: Ada e Zilla, ouvi a minha voz; vós, mulheres de Lamech, escutai o meu dito; porque eu matei um varão por minha ferida, e um mancebo por minha pisadura". 24."Porque sete vezes Caim será castigado, mas Lamech setenta vezes sete." Por que este último versículo atribui uma maior punição a Lamech? A resposta nos é dada pelo versículo l5 do mesmo capítulo: "O Senhor porém disse-lhe: Portanto qualquer que matar a Caim sete vezes será castigado. E pôs o Senhor um sinal em Caim, para que não o ferisse qualquer que o achasse." Este versículo não deixa dúvida sobre quem foi a vítima da flecha de Lamech, além disto refere-se a um sinal colocado por Deus em Caim, que pode ser os chifres mencionados na tradição judaica.

O versículo 25 do capítulo 8, também, é bastante significativo: "E tornou a Adão a conhecer a sua mulher; e ela pariu um filho, e chamou o seu nome Seth; porque disse ela Deus me deu outra semente em lugar de Abel; porquanto Caim o matou." Esta frase de Eva ficaria melhor na boca de Adão (não teria sido ele que a proferiu?), porque Adão somente considera como a sua descendência a de Seth (desde que Abel não deixou descendentes). Contudo, os versículos 17 a 22 do capítulo 8 referem-se a grande descendência de Caim. Para se ter uma idéia de sua dimensão, basta registrar que Lamech era neto de Mehujael, bisneto de Caim; ou seja, cinco gerações o separava de seu maldito ancestral. Resta, então, uma dúvida que nos permite formular duas hipóteses: a primeira, Adão teria repudiado a linhagem de Caim em função do fratricídio; a segunda é que Adão não considerava a descendência de Caim, sabedor da infidelidade de Eva.

Em seu artigo "O Gênesis enquanto um mito", Leach (1983) demonstrou as característica míticas das estórias bíblicas. Repetindo os argumentos desse Autor, podemos analisar o Velho Testamento como um mito porque existe uma comunidade de pessoas que acreditam no texto sagrado "quer correspondam aos fatos históricos ou não". Os disparates e contradições existentes no discurso bíblico reforçam a sua definição como mito, porquanto "a não racionalidade do mito é a sua verdadeira essência, pois a religião exige uma demonstração de fé que se faz suspendendo-se a dúvida crítica."

Utilizando-se da linguagem técnica da comunicação, Leach demonstra que uma das características do mito é o da redundância, ou seja, uma mesma mensagem deve ser repetida várias vezes para melhor atingir os receptores. Assim, no discurso canônico, o homem é criado duas vezes: (Gênesis 1, 27) "E creou Deus o homem à sua imagem..." e (Gênesis 2,7) "E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra...". Além disso, existe ainda um outro momento da criação da humanidade a partir da descendência de Noé: (Gênesis 9, 1): "E abençoou Deus a Noé e a seus filhos, e disse-lhes: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra." As reincidências das redundâncias visa a superação dos ruídos das interferências que surgem entre o transmissor e os receptores. Os adeptos da Bíblia acreditam na natureza divina do transmissor, mas a maioria deles ignora as interferências provocadas pelos chamados editores bíblicos. A Antropologia não está interessada na discussão do caráter divino do transmissor. Os antropólogos acreditam mesmo na existência de diversos transmissores que foram, no decorrer do tempo, os responsáveis pela criação do mito. Neste trabalho, enfatizamos os ruídos que se colocaram entre os emissores ancestrais e os receptores que continuam a existir. As distorções apontadas por Lévi-Strauss ao invés de nos afugentarem serviram de estímulos para a análise que faremos a seguir.

Do ponto de vista antropológico, o Gênesis é um mito de origem que busca explicar o surgimento do primeiro homem e como tal não difere muito de outros mitos, integrantes das diferentes cosmologias existentes, principalmente em dois pontos fundamentais:

1) O mito não visa a explicação do surgimento de toda a humanidade ¾ como depois foi sugerido pelos exegetas judaicos e cristãos ¾ mas, apenas o surgimento de um povo específico, no caso os hebreus. Tal fato está confirmado pelo versículo 16 do capítulo 4: "E saiu Caim de diante da face do Senhor, e habitou na terra de Nod, da banda do oriente do Éden." O versículo seguinte afirma que "Caim conheceu a sua mulher e ela concebeu, e pariu Enoch..." Há duas interpretações possíveis para estes dois versículos: a primeira é que o conheceu significa apenas ter relações sexuais e, portanto, Caim teria chegado ao leste do Éden já com uma companheira. Mas a interpretação mais plausível é que de fato tenha encontrado um outro povo. Isto é mais condizente com o estilo dos mitos de origens, marcados fortemente pelo etnocentrismo.

2) O mito narra a história do pecado original. É portanto semelhante às narrativas que mostram que o homem perdeu a imortalidade em função de sua própria culpa. Uma escolha mal feita, um ato de desobediência (como no Gênesis) ou uma ofensa a um ser sobrenatural. Os Tupi Guarani seriam imortais se a primeira mulher não tivesse duvidado dos poderes de Mahíra. O texto bíblico relata a dupla desobediência da mulher: Lilith não atende a convocação do Senhor para voltar para Adão; Eva come do fruto proibido e convence Adão a fazer o mesmo.

O pecado original transforma os seres puros, criados por Deus, em seres impuros. A mulher, a principal responsável pela queda, expressa a sua impureza através da própria biologia. Assim o fluxo menstrual é considerado pelos hebreus como uma forma de poluição que exige rituais de purificação para aqueles que são contaminados. Ao se relacionar sexualmente com a serpente, Eva foi contaminada pela terrível peçonha da mesma. Tal contaminação é transmitida a toda sua descendência, tanto aos filhos de Seth como de Caim. Esta peçonha foi retirada do povo de Israel, no monte Sinai, quando Deus estabeleceu um novo pacto com os Hebreus (Êxodo, 34, 10-28), conclamando-os a uma forte endogamia. O casamento com outros povos possibilitaria uma nova contaminação com a peçonha de Eva. O etnocentrismo da religião judaica contrasta, neste ponto, com o caráter universalista do cristianismo. Maria, a mãe de Yeshua, torna-se a mãe de toda humanidade para com a sua pureza livrá-la da contaminação original. O sacrifício de o Messias seria um novo pacto de Deus com os homens, mas desta vez uma aliança universal.

Todos os mitos de origem defrontam-se com a questão do incesto. É comum o caso de um casal de gêmeos que dá origem à espécie humana. Nestes casos, o mito estabelece uma relação de inversão com as práticas sociais de seus adeptos. A relação sexual consangüínea é permitida aos ancestrais, que vivem naquele tempo, mas se torna uma prática abominável para os mortais comuns. O Gênesis não escapa desta característica. Mesmo se desprezarmos a pouco conhecida irmã gêmea de Abel, tão cobiçada por Caim7, as práticas incestuosas aparecem no Gênesis. Primeiro, com o próprio Adão e a Eva, filhos de um mesmo Criador, portanto tecnicamente irmãos, e carne da mesma carne, conforme proclamou Adão. Segundo, com Seth que gerou a Enos, provavelmente com a parceria de uma mulher, filha de Adão.

Em uma cultura fortemente marcada por oposições binárias, do tipo bem/mal, mulheres permitidas/mulheres proibidas etc., temos que concordar, mais uma vez, com Leach que as personagens do Gênesis pertencem a uma terceira categoria de seres, os anômalos ou os mediadores, que são capazes de praticar atos proibidos ao restante da humanidade.

Discordamos, portanto, de Leach quando estabelece que o consumo do fruto proibido levou o primeiro homem e a primeira mulher ao conhecimento da sexualidade, quando diz que "Adão e Eva comem o fruto proibido e tornam-se conscientes da diferença sexual". Baseamos a nossa discordância tanto na análise dos textos canônicos quanto os não canônicos. Quanto a estes últimos, lembramos que Lilith abandonou Adão porque queria ficar por cima no ato sexual; a serpente desejou Eva estimulada pela visão da mulher tendo relações sexuais com o primeiro homem. Quanto aos primeiros, recordamos que o versículo 28, do capítulo 1, apontado anteriormente neste trabalho como anterior à Eva, e conseqüentemente antes de sua desobediência, recomendava ao casal inicial "frutificai e multiplicai-vos e enchei a terra..." O próprio versículo 27, quando diz "macho e fêmea os criou", já sugere a possibilidade do intercurso sexual. Por outro lado, não existe nenhuma indicação de relacionamento com a sexualidade nos trechos mais relacionados com a desobediência original como nos versículos 4 e 5, do capítulo 3: 4. "Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis." 5. "Porque Deus sabe que no dia em que d'ele comerdes se abrirão aos vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal." Foram, com certeza, editores bíblicos de um período mais recente, dominados por uma ética sexual do tipo que hoje chamamos judaico-cristã, que adaptaram o texto tornando-o mais compatível com uma moral sexual mais rígida e estabelecendo uma nova dicotomia de categorias do bem e do mal. Foram eles que consideraram a prática sexual como pecaminosa.

A principal mensagem do conjunto de mitos produzidos por uma sociedade de pastores e guerreiros nômades, fortemente patriarcal e patrilinear como demonstram as genealogias do Gênesis, imbuída de uma ideologia machista, refere-se exatamente à questão da mulher vista como um ser extremamente perigoso, necessitando portanto ser fortemente controlada. Esta forma de perigo fica demonstrada, no mito, pelo comportamento das duas primeiras mulheres, as esposas de Adão. Lilith recusou ser dominada pelo homem. "Por que devo deitar embaixo de você?" ¾ pergunta ela ¾ "Eu também sou feita do pó, e assim sendo somos iguais"8. E nem mesmo a tentativa de Adão de dominá-la pela força produz resultado; ela invoca o nome de Deus e foge para o mar Vermelho, uma região abundante em demônios lascivos, com os quais ela reproduz diariamente uma centena de lilim (demônios, filhos de Lilith). A sua rebelião a transforma definitivamente em um ser demoníaco, perpétuo inimigo dos homens e de suas crianças. É muito significativo que Lilith não ataque as mulheres, com a exceção apenas das noivas. Eva, denominada por Adão "a mãe de todos os seres viventes", e mais fácil de ser subjugada porque não foi feita como ele do pó, mas de uma parte dele, também demonstrou a sua capacidade de ser perigosa. Ao ser seduzida pela serpente, desobedeceu a ordem de Deus de não comer do fruto proibido e convenceu ao homem a fazer o mesmo ("Então disse Adão: A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi" ¾ Gênesis, 3, 12), condenando toda humanidade a ser exilada do Éden. Estruturalmente, Lilith e Eva cometeram o mesmo crime, o da desobediência ao Senhor e foram punidas da mesma forma: Todos os dias, por toda a eternidade, Lilith, "a mãe dos demônios" tem que se conformar com a morte de 100 lilim; da mesma forma, Eva é a responsável pela morte de todos os seus descendentes que poderiam ser imortais se continuassem a viver no Paraíso.

Concluindo, a nossa intenção neste trabalho foi uma reconstrução de um mito de origem de um grupo de pastores nômades que mais tarde foram identificados como Hebreus, pertencentes a uma mesma área cultural, cujos maiores expoentes foram as culturas Babilônica e Sumeriana. Muito dos mitemas encontrados nos mitos bíblicos tem a sua origem nas versões mais antigas dos povos da Mesopotâmia. O processo de canonização do Torá (e conseqüentemente da Bíblia) iniciou-se aproximadamente no ano 400 a.C., durante o governo de Ezra9, um dos chamados editores bíblicos. Não pretendemos reconstituir aqui todas as modificações sofridas após o livro sagrado dos judeus ter sido apropriado pelo Cristianismo, apenas daremos uma idéia destas transformações indicando a quantidade de textos que foram considerados apócrifos10 pelos diferentes editores.

Cerca do ano 100 a.C., os rabinos preocupados com a canonização do Torah consideraram como verdadeiros todos os textos que foram produzidos antes de 500 a.C., mantendo uma constante discussão sobre os demais. Este processo culminou entre a queda de Jerusalém (70 a.C.) e o ano de 135, pelos componentes da chamada escola de Yavneh. A partir desta época nenhum novo livro podia ser acrescentado e rejeitado. Tal fato deixou de lado um considerável número de textos em hebreu ou aramaico, que foram então denominados os livros escondidos ou os apócrifos. Muitos destes textos foram incorporados no Septuagint, uma versão grega do Velho Testamento, produzida em 270 a.C. e, desta forma, é uma variante mais extensa que a Bíblia judaica. A tradição protestante é mais fiel ao texto Hebreu, enquanto a católica está mais próxima do Septuagint.

São considerados apócrifos nas Igrejas Protestantes e aceitos pela Igreja Católica os livros de Tobias (escrito em Hebreu e Aramaico, 200 a.C.), Judith (escrito em Hebreu, 200 a.C.), A Sabedoria de Salomão (composto nos meios helenísticos, 100 a.C.), Baruch ( 100 a.C.), A Carta de Jeremias, Macabeus I e II ( o primeiro escrito em Hebreu e o segundo em Grego, ambos cerca de 200 a.C.), Adições ao livro de Daniel (data desconhecida), Adições ao livro de Ester (provavelmente 100 a.C.) e A Sabedoria de Yeshua Sirach (escrito em Hebreu, 200 a.C.).

São considerados apócrifos tanto nas Igrejas Protestantes como na Católica os livros de Macabeus III e IV (100 a.C.), Ezra III e IV (200 a.C.) e a Prece de Manasseh (data incerta).

São considerados apócrifos pela Igreja Católica e pseudografados pelas Igrejas Protestantes os livros A Carta de Aristea (200 a.C.), Jubileus (escrito em Hebreu no fim do segundo século a.C.), O Testamento dos Doze Patriarcas (escrito em hebreu ou aramaico, entre o primeiro e o segundo século a.C.), Enoch I (165 a.C.), Salmos de Salomão (escrito em hebreu, cerca de 50 a.C.), A Assunção de Moisés (início da era cristã), A Ascensão de Isaias (idem), O Apocalipse de Baruch ( 50 a.C.), os Livros Sibilinos (inicio da era cristã) e o Documento de Damasco (200 a.C.).

Tal inventário11 mostra a quantidade de material que foi retirado das bíblias atuais e que provavelmente, em muitos casos, contêm uma quantidade razoável de informações míticas à disposição dos estudiosos preocupados com uma análise antropológica da cosmologia judaica. De nossa parte, contentamos-nos em ter realizado uma análise que, seguindo os passos da efetuada por Leach, parece-nos mais abrangente e mais fiel às versões mais arcaicas do mito hebreu.



Notas

1 Utilizamos o verbo pasteurizar no sentido de realizar um processo através do qual se extrai o que não é desejável.

2 De Pauly, apud Roberto Sicuteri.

3 "Lilith é usualmente derivado da palavra Babilônica/Assíria Lilitu `um demônio feminino ou um espírito do vento' ¾ parte de uma tríade mencionada nas invocações mágicas babilônicas. Mas aparece mais cedo como Lilake em uma inscrição Sumeriana do ano 2000 a.C. que contém a lenda `Gilgamesh e o Salgueiro'. É uma demônia vivendo em um tronco de salgueiro vigiado pela deusa Inanna (Anath) em uma margem do Eufrates. A etmologia do hebreu popular parece derivar Lilith de layl, noite, e ela freqüentemente aparece como um monstro noturno peludo no folclore Árabe." (Graves e Patai, 1983:68).

4 Robert Graves & Raphael Patai (1983) citam os nomes Senoy, Sansenoy e Semangelof, como as palavras que devem ser usadas para afugentar Lilith. Estes Autores não estão certos que estes sejam os nomes próprios dos emissários do Senhor.

5 "De acordo com uma lei sumeriana, se uma mulher 'odeia' seu marido e diz para ele 'Voce não é mais meu marido' ela deve ser lançada no rio" (Campbell e Freedman, 1970). Provavelmente é numa lei semelhante a esta que se baseia a ameaça dos anjos.

6 Entre nós existe o costume de dizer que uma criança que está sorrindo brinca com um anjo. Esta afirmação é da mesma estrutura mítica que a referida no texto, passando, porém, por uma transformação simples do tipo "substitua cada elemento por seu oposto binário" (Leach, 1983:81). No texto, a criança brinca com o demônio, entre nós com o anjo.

7 Casando-se ao leste do Eden, Caim poderia ter se livrado do pecado do incesto, mas Leach compara o fratricídio a uma forma homossexual de incesto.

8 Com esta frase, Lilith indica a simultaneidade de sua criação e o fato de ter sido feita da mesma matéria que Adão. Neste sentido, é bastante esclarecedor o trecho de Fox, R. (1993:17): "Deus pega um punhado de terra ("o pó da terra", em hebraico "adamah"), e molda o homem ("adam"), como se a semelhança existente entre duas palavras pudesse apontar para uma verdadeira ligação entre dois objetos."

9 Ezra foi governador de Judá, a serviço de Artaxerxes I, Rei da Pérsia. Restaurou os muros da cidade de Jerusalém e procurou dar maior liberdade ao povo judeu. A sua principal preocupação foi a de regulamentar os livros sagrados, sendo Autor de um deles (Musaph-Andriesse, 1982).

10 Este termo era utilizado inicialmente para se referir aos livros excluidos do conjunto canônico, tendo mais tarde adquirido um significado pejorativo.

11 As informações sobre o processo de canonização e a relação dos apócrifos e pseudografados foram extraídas do livro de Musaph-Andriesse.



Bibliografia

CAMPBELL Jr., E. e FREEDMAN, D.
1970 The biblical archaelogist, New York, A. Doubleday Anchor Original. [ Links ]
De PAULY, J. (org.)
1978 Il libro dello Zohar, Atanor. [ Links ]
FOX, R.L.
1993 Bíblia, verdade e ficção, São Paulo, Cia. das Letras. [ Links ]
GRAVES, R. e PATAI, R.
1983 Hebrew myths. The book of Genesis, New York, Greenwich House. [ Links ]
LEACH, E.
1983 "A legitimidade de Salomão", "Nascimento virgem" e "Gênesis enquanto um mito", in Da MATTA (ed.), Edmund Leach, São Paulo, Ática. [ Links ]
1970 "Lévi-Strauss in the Garden of Eden: an examination of some recent developments in the analysis of myth", in HAYES, E.N. e HAYES, T., Claude Lévi-Strauss, the anthropologist as hero, Cambridge, MA, The M.I.T. Press. [ Links ]
MUSAPH-ANDRIESSE, R.C.
1982 From Torah to Kabbalah. A basic introduction to the writing of judaism, New York, Oxford University Press. [ Links ]
SICUTERI, R.
1986 Lilith. A lua negra, São Paulo, Paz e Terra. [ Links ]
UNTERMAN, A.
1992 Dicionário judaico de lendas e tradições, Rio de Janeiro, Jorge Zahar. [ Links ]




ABSTRACT: An analysis of the myth of Lilith, the first wife of Adam, according to Jewish tradition, which was expurgated from the text which we know today, by the censureship of Biblical editors who tried to make the sacred book conform to the values and moral standards of their times. The author shows how these editorial cuts were not sufficient to completely wipe out the figure of Lilith from the oral tradition and, even less so, from some rabbinic texts. In this myth it becomes clear that, by eating the prohibited fruit, Adam acquired knowledge of the good and the bad and not only of sexuality. However, what is most important is the fact that Lilith represents the first female reaction to male domination.

KEY WORDS: Cristan mythology, female demon, apocryphal books.


http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-77011997000100005&script=sci_arttext

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Mensagem por EVANGELISTA/RJ/MSN Dom Fev 03, 2013 4:29 pm



Lilith – A primeira mulher de Adão?

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Lilith é uma figura do folclore hebraico, assírio e babilônico originária de um espírito demoníaco que foi associado à noite. Foi retratada como uma linda jovem com pés de coruja e conhecida como “a rainha da noite”. Seria esta figura a primeira mulher de




Essa história me chamou a atenção quando uma mulher que trabalha comigo, e estudou em colégio de freiras, disse que mexeu em um livro proibido que trazia a história de Lilith.
Lilith é uma figura do folclore hebraico, assírio e babilônico originária de um espírito demoníaco que foi associado à noite. Foi retratada como uma linda jovem com pés de coruja e conhecida como “a rainha da noite”. Existem várias lendas a respeito dessa figura como demônio: ela surpreende os homens durante o sono e os envolve com sua fúria sexual; é mãe dos abortos; uma das rainhas dos vampiros juntamente com Nahema dente outras.
Esse demônio aparece em diversos textos como por exemplo a Torah assírio-babilônica, o Zohar e o Talmude (o livro dos Hebreus).
Mas a versão que mais me chamou a atenção é a de que LILITH FOI A PRIMEIRA MULHER DE ADÃO. Sim, antes mesmo de Eva. Sabemos que as versões do Gênesis para a criação do mundo e principalmente na criação da mulher, são ricas em contradições e enigmas.
Em uma versão para o Gênesis, da tradição religiosa hebraica, que foi enriquecida por testemunhos orais de rabinos conta que Lilith foi criada a partir de pó negro e excrementos, condenada por Deus a ser inferior e submissa ao homem. Após consumir a união carnal com Lilith, Adão apaixonou-se e acabou distanciando-se da divindade.
Lilith reivindicava igualdade de agir , de escolher e decidir. Queria os mesmos direitos do homem visto que “eram feitos de pó, portanto sou tua igual”. Quando faziam sexo, ficava inconformada de ter que suportar o peso do corpo de Adão, de ter que ficar por baixo e indagava: “Por que devo deitar-me embaixo de ti? Por que devo abrir-me sob teu corpo? Porque ser dominada por ti?”. Porém Adão se recusava a inverter as posições, certo de que havia uma ordem a ser seguida.
Vendo que não teria seus apelos atendidos, Lilith se rebelou, acusou Adão; blasfemou e foi embora rumo ao Mar Vermelho. Lá é onde habitam os demônios, segundo a tradição hebraica, um lugar maldito. Desde então, tornou-se noiva de Samael, o senhor das forças do mal.

Sentindo-se abandonado, Adão adormece. Quando acorda a procura e não encontra: “Em meu leito, pela noite, procurei o amor da minha alma. Procurei e não encontrei.” (Cântico 3:1). Adão queixou-se a Deus sobre a fuga de Lilith e, para compensar sua tristeza, Deus resolveu criar Eva, exatamente como as exigências da sociedade patriarcal.
Segundo pesquisas esse trecho foi tirado da bíblia na época da inquisição, talvez para que ninguém identificasse uma bruxa como sendo “sagrada”; ou durante a transposição da verão jeovística para a sacerdotal.
Porém, (talvez por uma falha da igreja) Lilith é citada uma única vez na Bíblia, em Isaías 34:14: “Aí vão se encontrar o gato do mato e a hiena, o cabrito selvagem chamará seus companheiros; aí Lilit vai descansar, encontrando um lugar de repouso” (Bíblia Sagrada – Edição Pastoral).
Em uma outra Bíblia que eu tenho em casa, nesse mesmo capítulo e versículo a palavra Lilit é trocada por “demônio caprino” (Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas).
Existem diversos relatos, textos, lendas e mitos em torno de Lilith. É claro que eu não achei essa história em livros proibidos, pois não tenho acesso a eles e nem a colégio de freiras, mas que é intrigante, isso é!

http://www.sobrenatural.org/materia/detalhar/4376/lilith_%E2%80%93_a_primeira_mulher_de_adao/

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Mensagem por EVANGELISTA/RJ/MSN Dom Fev 03, 2013 4:29 pm






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Mensagem por Convidad Seg Fev 11, 2013 10:16 pm

Se houver algo intrigante, Evangelista, devo mencionar que é a crença nessas histórias que visam desconstruir os relatos bíblicos.

Eles estão cheios de "seria", "teria", "provavelmente"...

Um fato que exponho é: A Palavra de D'us, bendito seja o Seu sagrado Nome, tem feito a diferença na vida de bilhões de seres humanos e, Aleluia!, tranformado para melhor a existência humana!

E esses pesquisadores e filósofos com suas refutações "achológicas" ou suas "pesquisas" mudam a humanidade ou transformam o que?

N...A...D...A

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Mensagem por EVANGELISTA/RJ/MSN Sáb Mar 30, 2013 5:47 am

abaixo vou transcrever o texto na integra, do estudo que uma irmã em o Messias fez a respeito de lilith

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Mensagem por EVANGELISTA/RJ/MSN Sáb Mar 30, 2013 5:51 am



ESTUDO SOBRE LILITH
Esse demônio aparece em diversos textos como por exemplo a Torah Assírio-Babilônica,o Zohar e o Talmude (o livro dos Hebreus).
Mas a versão que mais me chamou a atenção é a de que LILITH FOI A PRIMEIRA MULHER DE ADÃO. Sim, antes mesmo de Eva ter sido criada. Sabemos que as versões do Gênesis para a criação do mundo e principalmente na criação da mulher, são ricas em contradições e enigmas.
Lilith reivindicava igualdade de agir, de escolher e decidir.Queria os mesmos direitos do homem visto que “eram feitos de pó, portanto sou igual”.
Vendo que não teria apelos atendidos, Lilith se rebelou, acusou Adão, blasfemou e foi embora rumo ao Mar Vermelho. Lá é onde habitam os demônios, segundo a tradição hebraica, um lugar maldito.Desde então,tornou-se noiva de Samael, o senhor das forças do mal. Sentindo-se abandonado, Adão adormece.Quando acorda a procura e não encontra:”Em meu leito, pela noite, procurei o meu amor da minha alma. Procurei e não encontrei” (Cântico 3.1 ). Adão queixou-se a Deus sobre a fuga de Lilith e para compensar sua tristeza, Deus resolveu criar Eva, exatamente como as exigências da sociedade patriarcal.
Segundo pesquisas esse trecho foi tirado da Bíblia na época da inquisição, talvez para que ninguém identificasse uma bruxa como sendo “Sagrada”; ou durante a transposição da versão jeovística para sacerdotal.
Porém, talvez por uma falha da igreja, Lilith é citada uma única vez na Bíblia, em Isaías 34:14,”Aí vão se encontrar o gato do mato e a hiena, o cabrito selvagem chamará seus companheiros;aí Lilith vai descansar,encontrando um lugar de repouso”(Bíblia Sagrada-Edição Pastoral,Bíblia Católica,Bíblia King James).
Em uma outra Bíblia que eu tenho em casa, nesse mesmo capítulo e versículo a palavra Lilith é trocada por “demônio caprino”, “animais noturnos”(tradução Almeida Revista e Corrigida,Novo Mundo das Escrituras Sagradas).
Existem diversos relatos, textos, lendas e mitos em torno de Lilith. É claro que eu não achei essa história em livros proibidos, pois não tenho acesso a eles e nem a colégios de freiras, mas que é intrigante, isso é !
Parece uma coisa maluca não é? Será que tem uma base Bíblica nisso? Será que conseguimos enxergar Lilith na Bíblia Sagrada?
Se vocês analisarem com mais detalhes o livro de Gênesis no capítulo 1.26-31, Deus cria o macho e a fêmea no sexto dia e no sétimo Ele descansa. Portanto, como é que se explica a criação da mulher no capítulo posterior de Gênesis 2.18, 21, 22 e 23 ?
Se tem um dos fatores positivos no seminário é que você aprende a não somente ler as Escrituras mas também analisá-las. Senão como se explicaria a tal esposa de Caim, se só existia o pai Adão , a mãe Eva, e o irmão Abel ?
A palavra é bem clara lá em Oséias 4.6 que diz:”meu povo perece por falta de conhecimento”. E que conhecimento é esse ? A PALAVRA !!!
Agora vamos viajar na palavra de Deus.
Gênesis 1.27,28 e 29:
27 : Deus, portanto, criou os seres humanos à sua imagem, a imagem de Deus os criou:macho e fêmea os criou.
- O Texto aqui enfatiza o ato especial e magnífico de Deus na criação do homem e da mulher repetindo três vezes a expressão Bará = Criar (criar a partir do nada,criar de algo que ainda não existe ). Logo, homem e mulher são criados da mesma matéria, da mesma imagem de Deus. A única diferença evidente é quanto a sexualidade ( características distintivas ) de cada um: “macho e fêmea”, como está escrito literalmente nos originais hebraicos.
28 : Deus os abençoou e lhes ordenou:
“Sede férteis e multiplicai-vos ! Povoai e sujeitai toda a terra; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todo o animal que rasteja sobre a terra ! “
- A primeira ordem foi ao de se multiplicarem e povoar ,ou seja,em número e com qualidade de vida e a segunda ordem foi ao de dominar os animais marítimos,aéreos e os terrestres. Percebesse que logo acima temos um pronome “ lhes “ que esta no plural e não no singular.Então a ordem foi dada para os dois, tanto o homem quanto a mulher.
29 : E acrescentou Deus: “Eis que vos dou TODAS as plantas que nascem por toda a terra e produzem sementes, e TODAS as árvores que dão FRUTOS com sementes: esse será o vosso alimento !
- Portanto,teve alguma restrição,sim ou não ?
Teve alguma restrição do tipo isso pode e isso não pode ?
Ou então foi, bem vindos tudo isso é de vocês ! Sim ou não ?
Neste versículo Deus está dizendo o seguinte: “ o que vocês encontrarem na terra, tudo o que tem fôlego de vida, tudo que der semente, tudo que produza frutos vocês podem comer.
Então , temos um homem e uma mulher sendo abençoados, sendo mandados que se relacionem sexualmente para que pudessem ter filhos e para que pudessem também se alimentarem de tudo que havia sobre a terra.Temos então um casal liberados !!!
Só não temos ainda o Jardim do Éden !
Entenda que, não foi no Jardim do Éden que Deus liberou. Porque ainda não tinha sido criado.
A história muda toda a partir do próximo capítulo 2 de Gênesis, nos versículos 5, 6 e 7.
OBS : E parece que vem um outro Adão, uma outra mulher, uma história totalmente diferente. Sendo que no versículo 27 do capítulo 1 de Gênesis, acabamos de ver a formação do homem, Deus está criando o homem e a mulher tudo junto, já no versículo 7 do capítulo 2 de Gênesis Deus acabará de criar o homem e não há nenhuma ressalva de que nesse momento a mulher ainda não havia sido criada. Ou seja, é como se tivesse ficado uma lacuna entre uma passagem e outra. Olha a inquisição ai do qual eu já tinha mencionado no texto mais acima, lembra ?!
Cada versículo do livro de Gênesis tem que levar em conta que são algumas eternidades que estão se passando, você não pode achar de que um versículo para o outro acontecem de manhã para tarde, por exemplo: uma planta não brota rápido na hora e uma árvore não dá fruto na hora, tudo é criado com NATURALIDADE.
Jardim do Éden tem por nome diferente por que não era o Campo de Gênesis 1,leia com mais atenção e verás que havia um Campo fora do Jardim do Éden.Tanto é que o Jardim do Éden era um lugar especial e nota-se que o homem foi transportado do Campo para o Jardim.Quando foi colocado lá no Jardim, ele estava só.
Essa é a interpretação da nossa Bíblia. Que quando Deus colocou o homem no Jardim do Éden ele estava só (Gênesis 2.18).Ou seja, já estava pela metade.
OBS: Entenda o seguinte, muito antes da Bíblia ser transliterada para os dias de hoje, ela era escrita no Pergaminho e não tinha divisões entre capítulos e versículos, com mais atenção verás que o capítulo 2 de Gênesis do versículo 1 até 7 é nada mais do que uma conclusão, um resumo da origem da humanidade. Faça um paralelo dos versículos e entenderas o que estou referindo-me,vejamos então que nos versículos 1, 2 e 3 do capítulo 2 é o término do capítulo 1. Já o versículo 4 é o início da conclusão da criação; 5 está paralelo ao 11 ,12 do cap.1 ; 6 está paralelo ao 9 do cap.1; 7 está paralelo ao 27 do cap.1 (lembra-se da palavra criar? Está no texto mais acima).
Já no capítulo 2.15 diz que Deus pega o homem e o coloca no Jardim do Éden então o homem não estava NO JARDIM DO ÉDEN , nos versículos 16 e 17 cai em contradição com o versículo 29 do capítulo 1 de Gênesis ou seja, nos vers.16 e 17 há uma proibição do qual do outro vers. Do capítulo anterior não tem.
No vers.23 do cap.2 Adão exclama e gostaria de que prestasse muita atenção: “ESTA, SIM, é osso dos meus ossos e carne da minha carne ! Ela será chamada ‘ mulher ‘, por quanto do ‘ homem ’ foi EXTRAÍDA “.
Eu fiz questão de destacar bem as palavras: ESTA, SIM E EXTRAÍDA :
_ ESTA : na verdade é um pronome demonstrativo que usamos em referência a coisas ou seres que se encontram perto da primeira pessoa (o falante) ,e também empregamos em discurso para mencionar coisas que ainda não foram ditas .Deus pega a mulher leva até a presença de Adão e o mesmo usa este termo demonstrativo ESTA;
_ SIM : um advérbio de afirmação;
_ EXTRAÍDA : vem da palavra extrair que por sua vez é um verbo transitivo que significa, tirar (uma coisa) do lugar onde está, do corpo em que espontânea ou acidentalmente se formou ou introduziu.
Por tanto temos aqui um outro tipo de criação feminina, a primeira criada da mesma essência e a segunda da costela...
Agora vamos desvendar a serpente...
Uma das grandes discussões em aberto entre os estudantes da Bíblia é se as passagens concernentes a criação são alegóricas ou literais.
Mas mesmo diante de uma leitura minuciosa, muitas pessoas não são capazes de enxergar uma incoerência racional na narração do texto que apresenta uma serpente que fala --> O que nos remeteria para uma fábula.
"Fábula são composições literárias em que os personagens são geralmente animais, forças da natureza ou objetos, que apresentam características humanas, tais como a fala e costumes"
Sim, se fosse narrativa literal, a serpente não poderia ter falado (Ainda que possessa por um espírito maligno) pelo simples fato de não ter cordas vocais:
"Cientificamente falando, a possibilidade de uma serpente falar sozinha é zero. Isso porque as serpentes são surdas, são mudas (não possuem cordas vocais) e tem a língua bifurcada, e isso a impossibilitaria de falarem por si só"
Por tanto, O Antigo Testamento não costuma "fazer animais falarem". A única exceção é a jumenta de Balaão, mas esta fala por milagre de Deus, o que não é o caso da serpente do jardim do Éden, que obviamente não foi usada por Deus.
Ora, temos a idéia teológica (Gênesis 3 :14) de que serpentes se arrastam por causa de uma maldição divina, o que muitos entendem como um sinal de que a cobra pudesse ter tido mãos e pernas antes da Queda.
Muitos cristãos afirmam, que antes a serpente não rastejava, que só começou a rastejar graças á maldição. Estes abrem duas hipóteses com relação á diferenciação que a serpente do Éden possuía com relação ás espécies modernas antes do pecado original.
A outra hipótese é a de que, antes da maldição, a serpente possuía pernas. Essa afirmação é de certo modo plausível e ao mesmo tempo também não é. Isso porque as serpentes modernas possuem, realmente, "patas vestigiais". Muitos criacionistas afirmam que isso é o que sobrou das pernas que, antes, a serpente possuía. Entretanto, levando em conta o registro fóssil, a história "muda de cara".
Mas então no que realmente a serpente foi afetada com a maldição? O que a Bíblia quer dizer em Gênesis 3?
A Bíblia não diz em específico que o animal usado para tentar Eva havia tido pernas e que depois as perdeu.
Na logística das coisas a serpente ela representa o mal como também o bem,para algumas religiões ela representa mudança de vida por causa da sua renovação de pele mas também, representa a morte devido ao seu veneno.
Em Mateus 10.16 Yeshua nos diz que deveríamos ser astutos (em outras versões prudentes) como a serpente.
Deus no Velho Testamento opera sinais de prodígios e maravilhas através de serpentes como : em Êxodo 7.8 -12; em Números 21.4-9 (a serpente de bronze), como também as comparações da serpente como sendo Satanás em passagens mais adiante da Bíblia. Ou seja,a questão aqui não é o animal em si,pelo contrário,Yeshua até observava o comportamento desse animal e o menciona como um bom exemplo em Mateus 10.16 para que tenhamos prudência com determinadas doutrinas pregadas pelos falsos pastores.
Agora voltando pro foco,com certeza essa maldição que se encontra em Gênesis 3, 14:
"Porquanto fizeste isso, maldita serás mais que toda besta e mais que todos os animais do campo; sobre o teu ventre andarás e pó comerás todos os dias da tua vida." Não foi pra serpente, o animal embora tenha sido por Ele mesmo criado. Vejam bem: serpentes realmente rastejam, mas... elas não comem pó! Então, por que Deus falou do rebaixamento físico da serpente? O comportamento típico da serpente no seu ambiente natural, rastejando em seu ventre, simbolizava muito bem a condição rebaixada.
Vamos entender que o significado de rebaixamento é:falta de dignidade, perda de personalidade. Humilhação espontânea ou imposta.
Seria a Lilith então a possível serpente na Bíblia ? A Bíblia deixa bem claro que a serpente é um animal do CAMPO e não do Jardim; não teria Lilith entrado no Jardim sorrateiramente feito uma serpente ?
Agora vejamos,em Gênesis 2.15 nos diz o seguinte: “E tomou o Senhor Deus o homem,e o pôs no Jardim do Éden para o lavrar e o GUARDAR.”
Vamos pensar um pouquinho com a palavra GUARDAR...
Mas,guardar do quê ? Ou seria,guardar de algo que oferecia perigo. No entanto o homem foi colocado pra impedir que a serpente do campo entrasse no Jardim. Logo,se tem que guardar é porque não esta em segurança!
Em Gênesis 3.14 e 15 ,temos aqui duas pessoas recebendo punição,a mulher e a serpente.
Quando diz: Eu porei inimizade entre ti e a serpente;daí você questiona; mas como inimizade entre a mulher e a serpente ?Como assim inimizade entre um ser humano e um animal ?
Porque Deus esta dizendo:”...entre a tua descendência e o descendente dela;porquanto,este te ferirá a cabeça,e tu lhe picarás o calcanhar.” Ou seja,temos ai duas mulheres recebendo a sentença ou não temos ?
Não teria lógica,Deus sentenciar um animal irracional !
E quando isso fica bem claro ? Vamos para o Apocalipse 12. Tem gente que fala que Apocalipse é o livro que só fala das coisas do fim do mundo,Apocalipse é praticamente a Bíblia do Gênesis até Judas contada em símbolos.
Apocalipse 12.1 diz: “Apareceu um grande sinal no céu:uma mulher vestida do sol,com a lua debaixo dos pés,...”
Vestida de sol seria a primeira mulher Eva,e quem está debaixo dos pés dela ? A lua que é o símbolo da Lilith em toda a lenda dela inclusive o nome já diz a LUA NEGRA.
Mas a lua está aonde? Debaixo dos pés de quem ? Da mulher !!! E quem é essa mulher ? Essa mulher é a Eva!
Apocalipse 17.3,João é conduzido ao DESERTO e ele vê uma mulher (deserto é o lugar aonde Lilith habita).
No targum Yerushalami,comenta a benção sacerdotal de Números 6.26 com está versão:”O Senhor te abençoe em todo ato teu e te proteja dos Lilim”.
_ Lilim são os filhos de Lilith.
_Targum é qualquer uma das traduções em aramaico,mais ou menos literal de partes do Antigo Testamento nas sinagogas da Palestina e da Babilônia.
Por tanto no texto Bíblico ela é mencionada explicitamente em Isaías 34. O livro de Isaías é um compêndio de profecia hebraica através de muitos anos;os primeiros trinta e nove capítulos do livro, referidos frequentemente como Primeiro Isaías, podem ser designados ao tempo quando o profeta viveu (aproximadamente 701-742 a.C). Por todo o livro, ele encoraja os judeus a evitar embaraços com estrangeiros que adoram divindades alheias. No capítulo 34, um Yahweh empunhando espada busca vingança contra os infiéis edomitas, forasteiros perenes e inimigos dos israelitas antigos. De acordo com este poema apocalíptico poderoso, Edom tornar-se-á uma terra caótica e deserta onde o solo é estéril e animais selvagem vagam: “E as feras do deserto se encontrarão com hienas (raposas/chacais);e o sátiro (bode/demônio) clamará ao seu companheiro; e Lilith descansará ali, e achará pouso para ti.” (Isaías 34.14).
Lilith era aparentemente tão conecida pelo público de Isaías que não era necessária nenhuma explicação sobre sua identidade. A passagem carece de detalhes ao descrever Lilith, mas a situa em lugares desolados. O verso Bíblico liga assim ao demônio do épico Gilgamesh que foge “para o deserto”. O descampado tradicionalmente simboliza aridez mental e física; é um lugar onde a criatividade e a vida em si facilmente são extintas. Lilith é banida de território fértil e exilada para o deserto estéril.
Aos tradutores ingleses do versículo as vezes carece confiança no conhecimento de demonologia babilônica. O texto hebraico e suas melhores traduções empregam a palavra Lilith na passagem de Isaías, mas outras versões são fiéis a sua antiga imagem como um pássaro,criatura da noite e bruxa.
A validade do argumento de Lilith é mais aparente em hebraico, pois as palavras para homem e terra vem da mesma raiz (Adam=Adão; adamah=terra). Como Lilith e Adão são formados da mesma substância eles são semelhantes em importância. A luta continua até que Lilith torna-se tão frustrada com a obstinação e a arrogância que audaciosamente que pronuncia o Tetragrama, o nome inefável do Senhor. O nome de Deus YHWH, traduzido como “Senhor Deus” na maioria das Bíblias e aproximadamente equivalente ao termo Yahweh, por muito tempo tem sido considerado tão sagrado que é inexprimível.
Durante os dias do Templo de Jerusalém, só o Sumo Sacerdote dizia a palavra em voz alta e só uma vez por ano, no dia da Expiação. Em teologia e prática judaica, há ainda mistério e majestade ligados ao nome especial de Deus. O Tetragrama é considerado “o nome que abrange o todo”. No episódio Bíblico da sarça ardente em Êxodo 3, Deus explica o significado do nome divino como “SOU O QUE SOU” um tipo de fórmula para YHWH, associado com a raiz hebraica de “SER”.
A figura mítica de Lilith ilustra bem a passagem, quando a grande deusa é vilipendiada do seu trono e metamorfoseada em consorte do demônio e símbolo do mal; em que a noite escura com seus mistérios passa a ser temida e não mais celebrada.
Tenho até muito mais o que falar a respeito dessa criatura, como também sei que ela existe e atua nos dias de hoje. Mas, encerro aqui para que você possa buscar mas discernimento de Deus,entenda que, assim como nada fica em oculto aos olhos de Deus, Ele também não deixa nada em oculto para aqueles que buscam a verdade e o conhecimento. Se não fosse assim,a palavra Dele cairia em muitas contradições...

fontes:

- Boa parte desse estudo foi pesquisado na internet;
- Como também comparações e análises de texto na própria BKJ,
- comparações da língua portuguesa como:pronomes,linguagem figuradas e parte da lógica da ciência;
- E alguns resumos retirados do livro : Mulheres na Antiguidade; autora:Maria Regina Candido (org).

Autora:Ana Cristina Pinto Pereira.


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