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1ª Coríntios 5:8 - A Festa dos Pães Asmos

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1ª Coríntios 5:8 - A Festa dos Pães Asmos Empty 1ª Coríntios 5:8 - A Festa dos Pães Asmos

Mensagem por AndFal Dom Nov 30, 2014 3:01 pm

1ª Coríntios 5:8

A Festa dos Pães Asmos

O Rabino e Apóstolo Paulo, em suas Epístolas, sempre deixou claro que os gentios (não-judeus) seguidores de Yeshua (Yeshua), não se converteram a alguma religião (judaísmo ou cristianismo), mas ao D’us e Pai do Messias Yeshua (Yeshua o Messias), e isto é comprovado por Tiago, líder da Comunidade em Jerusalém e irmão de Yeshua:

“Pelo que julgo que não se deve perturbar aqueles, dentre os gentios, que se convertem a Deus” (Atos 15:19).
A conversão de gentios, pela Fé em Yeshua, sempre foi a D’us e nunca a alguma religião.
 
Porém, ao mesmo tempo, Paulo nos revela que os gentios, além de terem sido alcançados pela Hessed (Graça, favor imerecido) de D’us, e serem justificados diante Dele por meio do Messias, além de serem salvos, agora faziam parte do Reino de D’us.
E em que consistia este Reino?
Paulo diz em 1ª Coríntios 4:20: “Porque o Reino de Deus não consiste em palavras, mas em virtude.”
Também em Romanos 14:17: “...porque o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.”
E será que este Reino passou a existir quando o Messias Yeshua iniciou o Seu ministério? Ou ele já existia?
Ele declarou o seguinte para uma parte da liderança religiosa de Israel em Mateus 21:43: “Portanto, eu vos digo que o Reino de Deus vos será tirado e será dado a uma nação que dê os seus frutos.”
Vemos claramente que este Reino já existia, e estava em Israel, representado pelos seus líderes religiosos. O Reino de D’us foi revelado ao povo judeu, que teve a responsabilidade de praticá-lo e anunciá-lo às nações, como o Eterno mesmo declarou em Êxodo 19:6: “E vós me sereis reino sacerdotal e povo santo. Estas são as palavras que falarás aos filhos de Israel.”
Infelizmente, sabemos que a maior parte deles não agradou a ADONAI, e fizeram o que era mau diante Dele, porém este Reino permaneceu vivo naqueles que foram fiéis, como aquele servo chamado Simeão: “Havia em Jerusalém um homem chamado Simeão; homem este justo e piedoso que esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava sobre ele.
Revelara-lhe o Espírito Santo que não passaria pela morte antes de ver o o Messias do Senhor.
Movido pelo Espírito, foi ao templo; e, quando os pais trouxeram o menino Yeshua para fazerem com ele o que a Lei ordenava, Simeão o tomou nos braços e louvou a Deus, dizendo:
Agora, Senhor, podes despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra;
porque os meus olhos já viram a tua salvação, a qual preparaste diante de todos os povos: luz para revelação aos gentios, e para glória do teu povo de Israel.”(Lucas 2:25-32).
Yeshua pregou as Boas Novas do Reino, que foram prometidas a Israel (Mateus 4:23; 9:35; 24:14; Lucas 4:43;8:1;16:16; Isaías 40:9; 41:27; 52:7; Atos 13:32; 26:6; Romanos 1:1,2; Gálatas 3:8).
E a Nova Aliança foi feita com a Casa de Israel e com a Casa de Judá (Jeremias 31:31-33; Hebreus 8:8-10), e Paulo declarou em Romanos 3:1,2: “Qual é, pois, a vantagem do judeu? Ou qual a utilidade da circuncisão? Muita, sob todos os aspectos. Principalmente porque aos judeus foram confiados os oráculos de Deus.”
Também em Romanos 11, a respeito da incredulidade por parte de Israel, dizendo: “Pergunto, pois: porventura, tropeçaram para que caíssem? De modo nenhum! Mas, pela sua transgressão, veio a salvação aos gentios, para pô-los em ciúmes.” E considerou a queda por parte de Israel dessa forma: “Ora, se a transgressão deles redundou em riqueza para o mundo, e o seu abatimento, em riqueza para os gentios, quanto mais a sua plenitude!”e novamente: “Porque, se a sua rejeição é a reconciliação do mundo, qual será a sua admissão, senão a vida dentre os mortos?”E quanto aos gentios, ele diz: “E se alguns dos ramos foram quebrados, e tu, sendo zambujeiro (oliveira brava, selvagem), foste enxertado em lugar deles e feito participante da raiz e da seiva da oliveira, não te glories contra os ramos; e, se contra eles te gloriares, não és tu que sustentas a raiz, mas a raiz a ti.
Dirás, pois: Os ramos foram quebrados, para que eu fosse enxertado.
Está bem! Pela sua incredulidade foram quebrados, e tu estás em pé pela fé; então, não te ensoberbeças, mas teme. Porque, se Deus não poupou os ramos naturais, teme que te não poupe a ti também.”
Continua em Efésios 2: “Portanto, lembrai-vos de que, outrora, vós, gentios na carne, chamados incircuncisão por aqueles que se intitulam circuncisos, na carne, por mãos humanas, naquele tempo, estáveis sem o Messias, separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo.”
E conclui: “Mas, agora, em o Messias Yeshua, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de o Messias.”
Vemos que a primeira condição prejudicial do gentio é “estar sem o Messias”, pois só através Dele, o ser humano, de qualquer tribo, língua ou nação pode ser salvo. Mas a segunda condição aponta para uma separação, um afastamento da comunidade de Israel (realidade nacional do povo judeu), sendo estranhos, alienados em relação às Alianças da promessa, e todas foram dadas a Israel.
E a última condição seria viver sem esperança, tendo a ausência de D’us enquanto vive neste mundo.
O que podemos entender disso tudo?
Por que Paulo enfatiza tanto a Israel e ao povo judeu com relação aos gentios crentes?
Será por que ele era judeu, e quis ensinar aos gentios usando elementos judaicos?
Se no caso destes textos citados, alguém se atreva a dizer isso, então como explicar o que seria para um destes gentios, o estar separado da realidade nacional de Israel? O que significava isso para eles? Se o “estar salvo em o Messias” já fosse o suficiente, então por que Paulo faz questão de salientar o vínculo destes gentios com seu povo, com a sua descendência?
Se Israel não tem importância para a Igreja, nem para a vida do servo de D’us, como muitos teólogos dizem, o que dizer das afirmações de Paulo?
Ele ainda diz mais: “De fato, eu vos louvo porque, em tudo, vos lembrais de mim e retendes as tradições (preceitos, instruções antigas) assim como vo-las entreguei.”(1ª Coríntios 11:2);
“Assim, pois, irmãos, permanecei firmes e guardai as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa.”(2ª Tessalonicenses 2:15).
Havia tradições cristãs (do cristianismo) naquela época?
Mas, alguém pode afirmar: “No livro de Atos há uma confirmação da existência dos cristãos!” Lemos o texto em Atos 11:26: “E sucedeu que todo um ano se reuniram naquela igreja e ensinaram muita gente. Em Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos.”
O termo “cristão” (“christianói” no grego), um vocábulo que surgiu do termo “o Messias” (“Christós”, a forma grega de “Mashiach” do hebraico), foi o que os não seguidores de Yeshua usaram para identificar os seguidores NÃO judeus, isto porque os judeus crentes eram chamados de “Nazarenos”, ou os do “Caminho”.
Existiam sim estes “cristãos”, e ainda existem, porém no 1º século não denominavam seguidores de uma religião chamada “cristianismo”, mas aos discípulos gentios do Messias Yeshua.
Sendo assim, a quais tradições Paulo se referiu? Com certeza, eram as que existiam em Israel, as boas tradições dos judeus, que poderiam ser praticadas pelos gentios crentes, sem a menor necessidade deles se tornarem “judeus”. E é aí que surgem os grandes problemas de interpretação sobre o que Yeshua e Paulo advertiram e ensinaram a respeito das tradições em Israel. Muitos teólogos ainda não compreendem, por não estudarem e não conhecerem a cultura judaica, os princípios que regem e revelam quais as boas e más tradições que existiam e ainda existem no meio judaico, tanto para judeus quanto para gentios.

Em resumo, de acordo com as Escrituras, as tradições não podiam:

1) Levar alguém a transgredir a Lei de D’us;
2) a escandalizar o seu irmão;
3) a se considerar justo diante de D’us;
4) a menosprezar o pecador;
5) a se vangloriar diante dos homens;
6) a considerá-las mais do que a Torah;
7) a invalidar os Mandamentos de D’us.

Se qualquer tradição segue pelo menos um destes elementos, considera-se má, mesmo quando alguma em si mesma é boa, isto porque uma boa tradição usada de forma equivocada se torna ruim, pela forma que é aplicada ou considerada.

Podemos citar um exemplo bem simples, descrito em Mateus 15:
Um grupo de escribas e fariseus chegou até Yeshua e O questionou sobre o fato de Seus seguidores estarem transgredindo a tradição dos anciãos, por não lavarem as mãos quando comem pão. Sejamos honestos e sinceros, o ato de lavar as mãos antes de comer é uma coisa boa ou ruim? E com certeza o Messias sabia que se tratava de uma boa tradição, PORÉM, havia algo muito mais além do que um princípio de higiene pessoal...estes judeus a consideravam como uma forma de se purificarem espiritualmente, de não se contaminarem, não serem considerados impuros – um total exagero, ainda mais quando se preocupavam mais com estas coisas, e não com as mais importantes descritas na Torah. Por conta disso, Yeshua os advertiu severamente usando como exemplo uma prática cometida por esta liderança, a respeito do 5º Mandamento das 10 Palavras, quando na ocasião eles o invalidavam por causa de uma tradição relativa ao sustento dos pais (“Honrar” significa “sustentar”), sendo que quem doasse seus bens para o Templo, além de ser sustentado por ele, ficaria livre de honrar o pai e a mãe. Por isso, Yeshua declarou: “E assim invalidastes, pela vossa tradição, o mandamento de Deus. Hipócritas, bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo: Este povo honra-me com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim. Mas em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens. E, chamando a si a multidão, disse-lhes: Ouvi e entendei: o que contamina o homem não é o que entra na boca, mas o que sai da boca, isso é o que contamina o homem.” (Mateus 15:6-11).
E continuou: “Então, acercando-se dele os seus discípulos, disseram-lhe: Sabes que os fariseus, ouvindo essas palavras, se escandalizaram? Ele, porém, respondendo, disse: Toda planta que meu Pai celestial não plantou será arrancada. Deixai-os; são condutores cegos; ora, se um cego guiar outro cego, ambos cairão na cova.
E Pedro, tomando a palavra, disse-lhe: Explica-nos essa parábola. Yeshua, porém, disse: Até vós mesmos estais ainda sem entender?
Ainda não compreendeis que tudo o que entra pela boca desce para o ventre e é lançado fora? Mas o que sai da boca procede do coração, e isso contamina o homem.
Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias. São essas coisas que contaminam o homem; mas comer sem lavar as mãos, isso não contamina o homem.”(Mateus 15:13-20).
E o que a maioria dos cristãos não sabe é que certas liturgias praticadas pela Igreja, na verdade são tradições tipicamente judaicas, como o batismo nas águas (Tevilah) e a Santa Ceia (Kidush).
 
A celebração de Páscoa (Pessach) é algo 100% judaico, uma ordenança dada por D’us aos filhos de Israel por estatuto perpétuo, e praticado pela Igreja até meados do 4º século, quando no Concílio de Antioquia (341 d.C.) esta prática foi proibida na Igreja, porém se passaram quase 400 anos para que Pessach deixasse completamente de ser celebrada. Por que?
Porque havia uma investida de Roma em separar a Igreja de Israel, de suas raízes judaicas, de sua verdadeira identidade bíblica e histórica diante das nações. E juntamente com Pessach, judeus e gentios seguidores de Yeshua também celebravam Matzot (Pães Asmos), quando por 7 dias eles retiravam todo o fermento de suas casas, como relatou o bispo de Éfeso chamado Polícrates, ao Papa Vítor I de Roma (História Eclesiástica, livro V, cap. 24).
Por estas razões, Paulo em 1ª Coríntios 5:8 usou os elementos desta celebração de Matzot para ilustrar sobre coisas espirituais, tendo a convicção de que aqueles gentios crentes em Corinto conheciam plenamente sobre tal celebração por meio da prática, enfatizando Paulo:
 
“Por isso, celebremos a festa não com o velho fermento, nem com o fermento da maldade e da malícia, e sim com os asmos da sinceridade e da verdade.”
 
Sim, aquela comunidade estava atravessando um momento complicado:
“Geralmente, se ouve que há entre vós imoralidade e imoralidade tal, como nem mesmo entre os gentios, isto é, haver quem se atreva a possuir a mulher de seu próprio pai.” (1ª Coríntios 5:1), mas nada pode desconstruir a ligação dos gentios daquela comunidade com a Festa de Pessach e com Matzot, senão seria imprudente da parte do Apóstolo citar tais elementos.
 
RESTAURAÇÃO JÁ!!!
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