O Salmo 1 adverte contra Amizades com Infiéis?

O Salmo 1 (Ver Clipe do Salmo 1) diz que a pessoa Bem-Aventurada "não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores". Isso é uma advertência contra possíveis amizades com ímpios, pecadores contumazes e escarnecedores?

E quanto a Yeshua? Estaria Ele contrariando os Princípios do Sl 1?
"E sucedeu que, estando ele em casa, à mesa, muitos publicanos e pecadores vieram e tomaram lugares com Yeshua e seus discípulos. Ora, vendo isto, os fariseus perguntavam aos discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores?" (Mt 9:10-11).
"Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizem: Eis aí um glutão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores! Mas a sabedoria é justificada por suas obras" (Mt 11:19).

Ton

Tudo bem?

Veja bem, o Salmo 1 nos indica que não devemos ter os mesmos procedimentos que os impios, escarnecedores e pecadores, ou seja, um crente em YHWH, que observa os mandamentos do Eterno e crê no testemunho do messias Yeshua, de forma alguma deverá ter os principios dos trangressores.

Yeshua não era impio, escarnecedor ou pecador, ele vivia como qualquer homem normal crente em YHWH testemunhando sua fé e instruindo os pecadores, impios e escarnecedores que estão presentes na sociedade.

Eu posso ser amigo de um pecador, mas isso não quer dizer que eu devo ter os procedimentos impios de meu amigo.

Quem aqui não tem amigos ou até mesmos familiares "mundanos"?

, Xan! Tudo bem, sim! E contigo?
Concordo. Mas pelo ponto de vista dos fariseus, a amizade que Yeshua tinha "com pecadores e publicanos" era algo negativo.
Que critérios eles teriam se baseado para negativizar essas amizades de Yeshua, já que o Sl 1 contextualmente não o faz?

Ton

Aqui está tudo bem, obrigado.


Veja bem Ton, quem é que estava interpretando corretamente as Escrituras, os fariseus ou Yeshua?

O xanzão vai ser papai gente!!! Ele num conta mas eu espalho!!

É benção..

Vamos ao tópico, eu dei essa mesma resposta no Fórum Adonay Echad.

Uma coisa que devemos sempre observar é que na Bíblia temos vários interlocutores, ou seja, muitas pessoas dão seu parecer. Lá Adonay fala e não erra, Satan fala e engana, homens inspirados falam e acertam, homens possuídos falam se enganam e enganam. Os fariseus em certo momento acusaram Yeshua de violar o shabat e infelizmente "cristãos" que defendem a anomia pegam essas palavras para justificarem suas transgressões ao dia kadosh (santo), sendo assim não poderia ser diferente a respeito da evangelização Messiânica aos grupos dos "doentes". Os religiosos "possuídos" assim como na situação do shabat erraram feio a respeito do Mashiach x pecadores, e os "cristãos" não percebem que o errado eram e é os julgamentos dos"religiosos" e não o Messias.

A Torah deixa claro que uma das funções do Mashiach seria trazer o povo o entendimento da mesma Torah, sendo assim não poderia existir acepção de pessoas.

E ele permanecerá e apascentará o povo na força do Soberano Criador, na excelência do nome YHWH seu D'us; e eles permanecerão porque agora ele será grande até os confins da terra”
Miquéias 5:4.

A Torah é dada por causa das transgressões, sendo assim, os grupos de maiores incidências pecaminosas são os maiores alvos.

Em Mateus 5: 14-16 o escritor narra um ensino de Yeshua que dizia:

Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa.

Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.

O ensino de Yeshua está totalmente baseado nas Escrituras, que dizem:

Sal 18:28 - Porque tu acenderás a minha candeia; o Senhor meu Deus iluminará as minhas trevas.

Pro 13:9 - A luz dos justos alegra, mas a candeia dos ímpios se apagará.


Infelizmente os acusadores de Yeshua não consideravam o contexto biblico geral, mas se baseavam em versiculos isolados e mal interpretados e por isso deixaram a desejar em relação a questões doutrinárias.