Pena de morte

por josevicent Seg Fev 03, 2014 9:05 pm

a todos.

Na Torah o Eterno instituiu a pena de morte para casos em que fosse tirada a vida de alguém. Durante algum tempo diversos povos e nações aplicaram a pena de morte, e hoje ainda há alguns lugares onde ela é praticada, como nos Estados Unidos (em alguns estados). No Brasil é proibida pela Constituição Federal.
Se as nações instituíssem a pena de morte para delitos de homicídio, as organizações que defendem os direitos humanos se levantariam rapidamente em oposição, pois há muita gente para defender pessoas más e que cometem crimes, não tendo, porém, o mesmo zelo em relação às famílias das vítimas.
A pena de morte poderia ser aplicada hoje pelas nações sem incorrer em pecado contra a vida e contra a autoridade que o Eterno tem sobre a vida dos seres humanos? Afinal, estaria sendo praticado algo que o próprio Eterno estabeleceu na Torah, e não teríamos presídios lotados de assassinos esperando o momento de serem postos em liberdade para voltarem a matar.
Alguns defendem que não temos o direito de tirar a vida de ninguém, mas tenho a impressão de que quando o Eterno determinou a pena de morte, estava outorgando essa autoridade ao Estado (ao Governo), e assim, hoje também seria o Estado, como agente executor da lei, que aplicaria a penalidade aos homicidas.
Seria uma afronta à lei do amor?

por Soares.Mat Qua Fev 05, 2014 3:36 pm

José Vicente

“A pena de morte poderia ser aplicada hoje pelas nações sem incorrer em pecado contra a vida e contra a autoridade que o Eterno tem sobre a vida dos seres humanos?”

Minha resposta é não.

Vigora o princípio de Isonomia: ‘todos são iguais perante à lei’. Esse é o nosso ‘chão’ na tentativa de ser justo, afinal, a máxima do Direito é a Justiça. Mas para ser justo é necessário o conhecimento de todos os fatos. Sendo somente Deus Onisciente, é o único justo Juiz, as escrituras afirmam isto.

Agora usando a lógica bíblica,

Proposição: Todo pecado é contra à vida.

Pecar é errar o alvo. Se conhece o pecado pela Torah a qual é a vida.

Logo, pecar é ir contra à vida.

O salário do pecado é a morte. Todos pecaram, todos morrerão.

Se todos morrerão, quem é o homem para adiantar o sentença de Deus?

“Afinal, estaria sendo praticado algo que o próprio Eterno estabeleceu na Torah”

Em observância ao Tanach, Deus estabeleceu isso a um povo Santo, ou seja, um povo separado que tinha se comprometido a seguir os mandamentos do Deus vivo. Essa foi a graça de Deus pois Ele é quem escolhe e quem primeiro ama.

“e não teríamos presídios lotados de assassinos esperando o momento de serem postos em liberdade para voltarem a matar.”

Em um prisma sociológico, mesmo com a pena de morte em vigor, EUA é um dos países com mais presidiários.

"Alguns defendem que não temos o direito de tirar a vida de ninguém, mas tenho a impressão de que quando o Eterno determinou a pena de morte, estava outorgando essa autoridade ao Estado (ao Governo),"

O próprio Deus era o Rei (Estado) de Israel. Por isso a tristeza de Deus quando o povo pediu um Rei humano (Saul). Como governador, Deus era legítimo e, como tal, intervia no até nos mínimos detalhes para que o povo continuasse no caminho certo em santidade. Olhe o exemplo de Acã em Josué cap. 7.

"e assim, hoje também seria o Estado, como agente executor da lei, que aplicaria a penalidade aos homicidas."

O principal argumento que se usa, em oposição à aplicação dessas penas, é o fato de não haver sistema jurídico estruturado para isso, visto que as concepções, hoje, acerca da desigualdade social e o crime sendo tratado como um fato social normal pois esse possibilita a adaptação do Direito à realidade, tem sido cada vez mas incorporado no mundo jurídico como um todo e, mais especificamente, no âmbito penal.

"Seria uma afronta à lei do amor?"

Não há dúvida .Romanos 12 responde isso facilmente.

Meu amado, se precisar eu posso citar os versículos em contexto mais detalhadamente. Fique na Paz!

por goerlisch Ter Fev 11, 2014 10:03 pm

. Só lembrando que no Brasil existe a pena de morte. Se não me engano o art. 54 do Código Penal Militar prevê a Pena de Morte por fuzilamento. Porém esta pena só pode ser praticada em caso de guerra declarada.

As organizações que lutam pelos direitos humanos, na verdade tem uma fachada humanitária porém é instituição puramente política e para eles o jogo é defender o bandido vítima do estado.

A pena de morte poderia ser aplicada hoje pelas nações sem incorrer em pecado contra a vida e contra a autoridade que o Eterno tem sobre a vida dos seres humanos?

Poderia. D-us não é contra a pena de morte. A torah não condena matar, mas sim assassinar. E há diferença nestes termos. D-us tanto não proíbe matar que abençoa os exércitos de Israel nas batalhas do passado e nas de hoje.

Sobre pecados punidos com a pena de morte, diz o talmud e a tradição que o sangue do sacrifício é insuficiente para expiá-los, então o sangue do pecador faz expiação por ele mesmo.
Se isto for verdade, se este era o propósito da pena capital na torah, então acredito que o sacrifício de Yeshua tem sangue suficiente para que ninguém faça expiação por si mesmo.

Temos que ter em mente quem está em condições de executar um juízo desses. "Quem não tem pecados atire a pedra".

Pelo fim social, a pena de morte não resolve o crime. Matar o criminoso não significa destruir o crime.

Devemos pensar no crime como um exército inimigo. Não adianta matar o soldado, pois outros serão convocados ou se alistarão. É necessário uma mudança na política para impedir que novos recrutas se alistem. Aqui entra políticas sociais, escolas, bíblia, D-us.
E também é necessário combater o exército que já está formado, com rigor. Nem precisa-se de pena de morte, desde que se apliquem a pena e uma pena descente.

Países com pena de morte e sem políticas sociais provam que a solução não está na cadeira elétrica.

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