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Festa de Chanukah


Primeiramente, o que significa a palavra hebraica Chanucá ? Chanucá significa consagração ou dedicação. Esta festa é também conhecida no meio judaico como Festa das Luzes. Em João 10:22, vemos Yeshua (Jesus) passeando no Templo na comemoração da Festa da Dedicação. Essa passagem é a única passagem bíblica no Novo Testamento que se refere à referida festa. Não encontramos esta celebração no Antigo Testamento porque o fato que deu origem a esta festa ocorreu no ano 162 a.C.


A Festa de Chanukah comemora a vitória do povo judeu em prol de sua sobrevivência espiritual - liberdade para cumprir os mandamentos estabelecidos por Elohim, descritos na Torah. Não obstante, se analisarmos as lutas do povo de Elohim, em nossos dias, constataremos facilmente a semelhança dos fatos. Se no período da história de Chanukah (164 a.C.) o povo judeu lutou por dar continuidade ao estudo e manutenção das ordenanças prescritas na Torah, pela guarda do sábado, por uma liberdade em alimentar-se segundo os preceitos bíblicos, e acima de tudo, pela adoração a um só D’us - no tempo chamado hoje, a nossa luta não é diferente. “Portanto, como diz o Espírito Santo, se ouvirdes hoje a sua voz, não endureçais o vosso coração, como na provocação, no dia da tentação no deserto, onde vossos pais me tentaram me provaram e viram, por quarenta anos, as minhas obras. Por isso, me indignei contra esta geração e disse: Estes sempre erram em seu coração e não conheceram os meus caminhos.” (Hb 3:7-10).O combate contra a resistência ao retorno para casa e aos princípios da Igreja do Primeiro Século deve ser acompanhado por estratégias espirituais para que não sejamos dizimados. 


Daremos continuidade às comemorações da Festa de Chanukah ano após ano, declarando assim a nossa unidade com o povo judeu. Anunciaremos em Chanukah que a vitória é do fraco contra o forte, do pequeno contra o grande e de poucos contra muitos.

Direção Espiritual para a Festa de Chanukah

Jeremias 51:50 - “Vos que escapastes da espada, ide-vos não pareis! De longe lembrai-vos do Eterno, e suba Jerusalém ao vosso coração.”
Mateus 7:24-27 - “Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática, será comparado a um homem prudente, que edificou a casa sobre a rocha. E desceu a chuva, correram as torrentes, sopraram os ventos, e bateram com ímpeto contra aquela casa; contudo não caiu, porque estava fundada sobre a rocha. Mas todo aquele que ouve estas minhas palavras, e não as põe em prática, será comparado a um homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia. E desceu a chuva, correram as torrentes, sopraram os ventos, ebateram com ímpeto contra aquela casa, e ela caiu; e grande foi a sua queda.” 


História de Chanukah

Exílio Babilônico e a vida dos judeus da Judéia

Após o exílio babilônico (587-538 a.C.), os judeus da Judéia viveram sob a dominação estrangeira por quase quatro séculos. Soberanos persas, gregos e egípcios normalmente deixavam os judeus à vontade no tocante à prática religiosa. Essa situação estendeu-se pelas primeiras décadas depois do ano 200 a.C. quando os sírios eram potência dominante da região. A dinastia reinante na Síria, os selêucidas, tinha origem grega e remontava à época de Alexandre, o Grande. Sua capital era Antioquia. Desde o início, eles mantiveram a política de tolerância cultural e religiosa. O quadro muda com a chegada de Antíoco IV Epífanes, o rei sírio cujo reinado começa em 175 a.C.

A Revolta Macabéia (extraído do livro: À Sombra do Templo – As influências do judaísmo no cristianismo primitivo - de Oskar Skarsaune)

Breve relato histórico: O ano é 167 a.C., ou 166 a.C. O cenário encontra-se montado na pequena aldeia de Modin, situada em uma colina nas imediações de Lida (atual Lod). Um grande tumulto toma conta do lugar. Um emissário do rei Antíoco proclama um decreto real pelo qual todos os habitantes do vilarejo são conclamados a oferecer um sacrifício sobre o altar de um ídolo instalado na praça do mercado. Os judeus já estavam preparados para isso. Eles tinham ouvido o que acontecera em Jerusalém poucos meses antes: um altar idólatra fora erguido sobre o altar do Templo, e agora se ofereciam ali sacrifícios aos deuses pagãos – incluindo porcos! O Templo estava profanado e a blasfêmia contra o D’us de Israel estabelecida. O povo judeu foi brutalmente perseguido e todos os rolos da Torah encontrados foram queimados. Quem possuísse rolos da Torah era morto. Mães, cujos filhos haviam sido circuncidados, também foram mortas (I Macabeus 1.44-64). Por conseguinte, os habitantes de Modin sabiam o que os aguardava se não obedecessem ao decreto real e se não oferecessem os sacrifícios requeridos pelo mesmo.

Em um grupo à parte, no mercado, encontravam-se o velho sacerdote Matatias e seus filhos, João, Simão, Judas (chamado Macabeu), Eleazar e Jônatas. Eles tinham os rostos crispados de mágoa e dor por aquilo que, em breve, haveria de acontecer. A tensão cresceu no momento em que emissários do rei voltaram sua atenção a Matatias:

Tomaram a palavra os emissários do rei e disseram a Matatias: “Tu és um ilustre e grande chefe nesta cidade, apoiado por filhos e irmãos. Sê, pois, o primeiro a cumprir o que foi decretado pelo rei, assim como o fizeram todas as nações, os homens de Judá e os que foram deixados em Jerusalém. Tu e teus filhos sereis contados entre os amigos do rei, sereis honrados com dádivas de prata e de ouro e numerosos presentes.” Matatias replicou com voz forte: “Ainda que todas as nações do império do rei lhe deem ouvidos, e se afaste cada uma delas do culto de seus pais e se conforme as suas determinações, eu, meus filhos e meus irmãos caminharemos na aliança de nossos pais. Que ele nos conceda a graça de não abandonar a Lei e as observâncias. Não daremos ouvidos às ordens do rei para nos desviar do nosso culto, para a direita ou para a esquerda.”

Nem bem acabara de proferir estas palavras, apresentou-se, à vista de todos os presentes, um judeu, para sacrificar no altar de Modin, conforme a ordem do rei.  Ao vê-lo, Matatias inflamou-se de zelo e seus rins fremiram; tomado de justa cólera, atirou-se contra ele e degolou-o sobre o altar. Quanto ao funcionário do rei, que obrigava a sacrificar, matou-o naquela hora, e derrubou o altar. Estava abrasado pelo zelo pela Lei, como se abrasara Finéias contra Zambri, filho de Salu. Gritou então Matatias em voz alta através da cidade: “Que todos os que têm zelo pela Lei e apóiam a aliança me sigam.” Ele próprio e seus filhos fugiram para as montanhas, abandonando tudo o que possuíam na cidade (1 Macabeus 2.17-28).

Começava assim a revolta Macabéia, uma rebelião que resultou na rededicação do Templo em 164 a.C. (que posteriormente instituiu o feriado de Chanukah, no estabelecimento de um estado parcialmente autônomo e reconhecido pelos sírios e, mais tarde, em um estado judeu independente, que perdurou até a conquista romana em 63 a.C.)


Rededicação do Templo - Festa de Chanukah

O Milagre do Óleo

Os Macabeus, após a vitória sobre os gregos, entraram no Templo Sagrado e voltaram a dedicá-lo ao serviço à Elohim. Chanukah é a festa que relembra a consagração, purificação e reinauguração do Templo. Esta foi a primeira medida tomada pelo povo judeu vitorioso.

A menorah (candelabro de sete velas) de ouro que existia no Templo havia sido roubada pelos sírios - os Macabeus optaram por fazer uma nova. Era necessário, no entanto, que houvesse óleo para acendê-la, mas as reservas do Templo haviam sido profanadas pelos gregos. Numa busca pelo Templo, foi encontrado um único frasco de óleo, não profanado, e selado com o selo do Sumo Sacerdote. Em geral o óleo contido em um frasco era suficiente para iluminar a menorah por um só dia – não havia tempo para buscar outro frasco de óleo, sem que houvesse a interrupção da iluminação. Foi então que um grande milagre aconteceu e o óleo durou por oito dias mantendo a menorah acesa até que o novo óleo chegasse ao Templo. Um ano depois do acontecido milagre (25 do mês de Kislev do ano 165 a.C.) passou-se a comemorar o fato com a instituição da Festa de Chanukah (Festa das Luzes ou Festa da Dedicação).


Símbolos da Festa de Chanukah

A Chanukiah – candelabro de nove pontas especial para Chanukah. Possui espaço para oito velas e um espaço adicional, mais alto que os outros oito, com a função de abrigar o Shamash (vela serva), usada para acender as demais velas.

O Sevivon – pião de quatro lados, também conhecido como dreidel. Cada lado do pião possui uma letra em hebraico – cada uma delas com seu significado que juntas formam a frase: NES GADOL HAYAH

SHAM (um grande milagre acontecei ali) - proferida em Chanukah pelos judeus da diáspora em alusão ao milagre ocorrido em Israel.



Qual seria o significado desta festa para o crente em Jesus Cristo?

Cremos que os crentes em Yeshua (Jesus) têm bons motivos para celebrar esta festa bíblica, se assim o desejarem. O tema principal de Chanucá é a reconsagração do Templo, e I Co. 6:19-20, relata que nós, crentes nascidos de novo, somos o Templo do Espírito Santo. Somos co-herdeiros em Yeshua das promessas de Abraão (Gl. 3:29).
 
Nesta celebração, nós crentes temos a oportunidade de nos reconsagrarmos, rededicando nossas vidas integralmente ao Senhor. Não que precisemos de um dia específico para uma reconsagração. Afinal, estamos debaixo da graça de D-us. Mas, trata-se de uma oportunidade na qual podemos celebrar esta data, alegrando-nos coletivamente por termos sido salvos, agradecendo a D-us por este privilégio enquanto tantos ainda perecem separados do D-us de Israel. Apesar de sermos a luz do mundo, vivemos em um mundo que jaz em trevas, que muitas vezes nos contamina, exercendo sobre nós todo tipo de influência negativa. Então, neste dia, sentimos a liberdade de fazer nossa reconsagração, declarando coletivamente que somos livres de qualquer peso e jugo em Yeshua Ha Mashiach. Se meditarmos um pouquinho, quantas vezes pecamos quando comemos, bebemos, ouvimos e vemos o que não deveríamos, ou quando tocamos em coisas que não deveríamos tocar, etc. Arrependemo-nos, então, e consagremo-nos ao Eterno de Israel. D-us nos dá a santidade, mas quem decide manter-se em santidade somos nós.
 
Lembremo-nos dos livros de Esdras e Neemias. Na reconstrução do Templo, a primeira coisa que se fazia era reconstruir o altar, depois o Templo propriamente dito e, finalmente, os muros. Em outras palavras, não se consagra o Templo sem que se passe primeiro pelo altar de sacrifício, de arrependimento e de santificação.
 
Isto também se aplica a nós. Primeiro, passamos pelo "altar" do Senhor nos arrependendo. Depois, sim, reconsagramos nossa vida, santificando-nos e nos purificando. No livro de Neemias, vemos a edificação dos muros da cidade. A ordem da restauração era: altar, templo, muro e cidade. Da mesma forma, a ordem para nós é: arrependimento, santidade, edificação e maturidade (representando o local e o estado em que vivemos). Mas, toda esta "dedicação" ao Senhor só pode ser feita por meio do Espírito Santo, o óleo que é multiplicado, derramado em nossas vidas, revelando a pessoa de Yeshua Há Mashiach. Assim como o azeite colocado na Menorá (candelabro de 7 pontas) ou na Chanukía (candelabro de 9 pontas) era puro, sem cheiro e sem fumaça quando queimado, assim também deve ser nossa vida para o Senhor Adonai. Temos que brilhar e reluzir graciosamente a beleza da natureza de D-us através de Seu filho Yeshua.
 
Agora, entendendo mais um pouco sobre tudo isto, podemos celebrar alegremente nosso culto de Ação de Graças (I Te: 3:9).